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Crise de Pânico

  • psicologasilvanafa
  • 24 de jan. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de mar. de 2022

Uma crise de pânico acontece quando a pessoa sente, de repente, fortes sensações de ansiedade no corpo, acompanhadas de pensamentos assustadores.



As sensações físicas são falta de ar, asfixia, boca seca, calafrios ou ondas de calor, tremores, suor, palpitação ou ritmo cardíaco acelerado, visão embaçada ou borrada, sensação de tontura, desiquilíbrio e desmaio, náusea ou mal estar abdominal, dor ou desconforto no peito, sensação de dormência ou formigamento, desrealização (sensação de irrealidade, de não saber onde se está), despersonalização (sentir-se destacado de si mesmo ou perdendo a ligação com a própria personalidade, trazendo uma sensação de estranheza de si mesmo).


Os pensamentos assustadores, tais como “vou desmaiar”, “vou perder o controle”, “estou tendo um ataque cardíaco”, entre outros, acompanham as sensações físicas durante um ataque de pânico.


O modo de pensar influencia o que sentimos, ou seja, o sentimento é mediado por algum pensamento específico. Os ataques de pânico podem ser desencadeados por pensamentos catastróficos das sensações físicas, bem como das crenças de desesperança e incapacidade em administrar a ansiedade e o pânico. Os pensamentos negativos podem levar o indivíduo a desesperança, já que a pessoa não se acha capaz de superar as situações vividas, associando-se a depressão e ao suicídio.


O ataque de pânico pode estar relacionado a interpretação errônea e catastrófica feita sobre reações fisiológicas ou eventos externos, ou seja diante das reações somáticas e mentais o indivíduo relaciona as sensações ou estímulos como situação ameaçadora, por exemplo taquicardia e hiperventilação relacionado com consequências negativas como infarto, sufocação etc.


Os sintomas mais significativos nos pacientes são incapacidade de relaxar, ser nervoso, sensação de sufocação, tremores nas mãos, assustado, sudorese, medo de perder o controle, medo que aconteça o pior e medo de morrer. Esses sintomas podem ser considerados um estado emocional com componentes psicológicos e fisiológicos.


Nesse sentido, o modelo cognitivo do ataque de pânico acontece do seguinte modo:


Os ataques de pânico acontecem por interpretações catastróficas de certas condições corporais, ou seja, há um processamento inadequado das informações de estímulos externos e internos. As sensações corporais sequentes confirmariam o perigo e gerariam interpretações mais catastróficas e as interpretações ocasionariam mais ansiedade, em uma espiral crescente e rápida.


Alguns dos ataques de pânico podem acontecer em lugares ou situações que já ocorreram antes, ou podem ser disparados a partir de alguma situação específica. Os ataques podem ser espontâneos, predispostos ou situacionalmente disparados e reúnem sensações de ansiedade crescente e pensamentos catastróficos sobre os sintomas que estão tendo, contribuindo para reforçar a experiência de terror e uma sensação de vulnerabilidade.


Aos poucos, com a repetição das crises, as pessoas começam a se sentir cada vez mais inseguros e pouco confiantes em sair ou permanecer em casa desacompanhados. Em virtude disso, passam a fazer atividades sempre na companhia de alguém e com isso, aos poucos vão perdendo sua independência e autonomia. Fazem isso na expectativa de que se acontecer algo tem alguém por perto para ajudá-los, como por exemplo levá-los ao médico, leva-los de volta para casa ou para um lugar seguro.


Com o passar do tempo, os ataques de pânico podem gerar um aumento progressivo na insegurança relacionada à possibilidade de controlar ataques futuros, fazer coisas sozinhos ou enfrentar situações mais complexas. Por exemplo, ir a lugares que tenha difícil saída como entrar em engarrafamentos, andar em transportes públicos, passar por túneis, entrar em elevadores, viajar de avião etc. Podem evitar encontrar certas pessoas, não conseguir enfrentar multidões ou participar de reuniões sociais. Então, começam evitar lugares situações ou pessoas para não sentirem o desconforto das sensações, em consequência disso vão perdendo sua sociabilidade, sendo que algumas pessoas podem se tornar reclusas ou caseiras.



As informações contidas nesta publicação não substituem a avaliação de um psicólogo ou médico psiquiatra.


 
 
 

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Por Silvana Fávero, Psicóloga - CRP 08/24972

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